Manchester a Beira Mar: Lutos e Perdas na Contemporaneidade – Tempo Análise
21 de julho de 2018A PALAVRA por Rubem Braga
27 de julho de 2018Despertei de uma boa noite de sono, por volta das 5 horas. Segundo previsões meteorológicas, o dia 20 de julho seria o mais quente registrado na história do inverno na cidade de São Paulo.
Minha agenda começaria às 9 horas. Um reencontro com um amigo psicanalista; o convite para o café foi meu. Ele sugeriu o horário e uma cafeteria, localizada à rua Artur de Azevedo, próxima ao seu local de trabalho.
Pontualidade é uma característica que preservo há anos; já ri muito sobre este requisito em análise. Meu amigo parece sofrer deste mesmo “bem”, pontualmente, às 9 horas já estávamos confortáveis fazendo os pedidos. Ambos escolhemos o french press[1] com grãos colombianos. Enquanto aguardávamos a bebida, iniciamos uma conversa descontraída a respeito do demorado reencontro; as rotinas que a vida nos determina com o passar dos anos, família, filhos, realizações no ambiente profissional, pessoal e familiar…
Durante uma hora de conversa percorremos diversos campos em que a psicanálise pode atuar, como mudança de hábitos, alimentação saudável, cuidados para com a saúde no processo de envelhecimento, política, associações sociais e liderança empresarial, e visão de futuro.
Ao sairmos do estabelecimento, comentei que, uma quadra à frente, na Galeria Verve, estava em cartaz a exposição “O Inquietante[2]”, inspirada no clássico texto de Freud[3].
Ao chegar à galeria fui recebido pelo Ian Duarte, que me explicou sobre a exposição. Eu me apresentei como psicanalista, e logo ele mencionou que muitos outros prestigiaram as obras expostas.
Como era permitido fotografar, nada melhor que essa obra abaixo para iniciar as elucubrações que tive percorrendo os cômodos da aconchegante galeria.
[1] Encorpado, intenso, alto de teor de cafeína.
[2] Segundo o site da Verve Galeria, “As mais profundas inquietações da psique humana são o ponto de partida da exposição coletiva ‘O Inquietante’, inspirada nos conceitos propostos pela obra homônima do psicanalista Sigmund Freud (1856-1939). Sob a curadoria de Agnese Fabbiani e Ian Duarte Lucas, a mostra fica em cartaz na Verve Galeria, entre 8 de junho e 21 de julho, com visitação de terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 11h às 17h, e entrada Catraca Livre. São apresentados 21 trabalhos (pinturas, esculturas, ilustrações, fotografias) dos artistas Farnese de Andrade, Flávio Cerqueira, Francisco Hurtz, Luciano Zanette, Luc Dubois, Monica Piloni, Tomoshige Kusuno, Walmor Corrêa e Wesley Duke Lee, que “buscam despertar no espectador uma reação para o sombrio e o estranho, para aquilo que mexe com as mais profundas inquietações do ser humano.”
[3] Ver minha matéria em: https://tempoanalise.com.br/o-inquietante-um-pouco-de-freud-em-sao-paulo/
Veja outros registros a seguir.