“Cosimo Schinaia: O inconsciente e o ambiente”
10 de junho de 2020Nesses tempos pandêmicos de IgM e IgG, que tal algo sobre a imunologia do psiquismo?
22 de junho de 2020O filósofo, psicoterapeuta e escritor John Gale postou, em seu Linkedin (https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:6674603687958089728/), a nota seguinte:
“Em ‘Freud como filósofo e metafísico: o caso de Dora’ (Philosophical Forum, 51 (2): 177-84, 20201), Jane Duran argumenta que tanto Dora, uma garota de dezesseis anos que Freud tratou por dois meses no final de 1900, quanto “A interpretação dos sonhos” apontam-nos na direção de uma filosofia da mente intrigante, não completamente materialista.
“Bakan (1958)2 havia pensado, talvez de maneira bastante fantasiosa – mas, mesmo assim, encantadora – que Freud pretendesse por Dora indicar a palavra Torá (o Pentateuco). Ou seja, ele pode ter querido sugerir que uma análise é como exegese bíblica. A palavra hebraica tem as mesmas conotações que o egípcio sbâye (t), o copta sbô, e compartilha com as latinas doutrina (de ‘doceo’ para ensinar) e disciplina (de ‘disco’ para aprender) o duplo sentido de um sistema de ensinamentos e correção, até punição. Sobre a etimologia de torá e a origem denominativa de hôrâ (para ensinar) ver Albright, W.F. (1927), ‘Os nomes Israel e Judá com um “excursus” sobre a etimologia de TôDâh e Tôrâh’, Journal of Biblical Literature, 151-1853. Ver também Paperon, B. (1999) ‘Exegese judaica da Bíblia e as noções modernas do inconsciente’, Pardès, 27: 99-127.”
[1] Ver https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/phil.12249
[2] BAKAN, D. Sigmund Freud and the Jewish mystical tradition. Princeton, N. J: D Van Nostrand, 1958. 326 p.
(Ver o livro e seus capítulos em: https://doi.org/10.1037/11509-000.)
[3] ALBRIGHT, William Foxwell. The names “Israel” and ”Judah” with an excursus on the etymology of Tôdâh and Tôrâh. Journal of Biblical Literature, Philadelphia (PA): The Society of Biblical Literature, v. 46, n. 3-4: 151-185, 1927.